Ó desassossego bom
Inconstância, dúvida, obsessão
Atinges os incautos e os cautelosos
Os valentes, os medrosos
Os que querem e os que não
Ficas, vais, tiras o sono
A vontade de comer
Febre, calor, emoção
Vibração, vida pulsante
No coração do amante
Vontade de te viver
Tamanha és… ó paixão
Enalteces qualidades,
escondes os piores defeitos
E tornas os seres perfeitos
Aos olhos de quem os vê
Fica… não vás… não me deixes
Quero apenas viver-te
Sem importar o porquê
Ó paixão!
Meu mal, meu bem
Acorda o meu coração!
É que se tu adormeces…
…eu adormeço... também...
Paula AbrEu
(escrevi em 3/1/2012, até hoje á espera do som perfeito para acompanhar esta emoção. Ouvi este "Fool" e rendi-me... ;)
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Pensei que a minha pseudo liberdade me faria escrever, ver um filme ou ler um livro... mas não...
Deitei-me aqui na penumbra
e fiquei a reviver certas cenas... nem dei pelo tempo passar...
Mais curioso ainda... é que algumas dessas cenas...
ainda nem sequer as vivi...
foi bom...
Fazes-me tomar consciencia da minha solidão
E fazes-me perceber que será cada vez maior
até ser mesmo real...
Devia ter esperado até ao dia em que te conheci
Para assumir se já amei
ou se apenas suportei o tempo em que não estavas
Devia ter aprendido que a culpa... é sempre a meias
e que ainda alguém me há-de amar
com a loucura que só a paixão permite
obssessiva... única... viciante
(eu sei que sim...)
Devia ter percebido se quem errou foi o Romeu ou a Julieta
Se a decisão foi certa
e se as minhas, são decisões... ou se apenas me deixo ir na corrente
Admito...
Deixo-me ir na corrente!
E o meu tempo vai passando
E eu com medo
E eu com medo. muito medo
E eu sempre com este horrível medo
de quem já perdeu e não queria voltar a perder
Vãs palavras e desejos loucos, loucos de tão impossíveis
(mas mesmo assim...)
- Se te pudesse ter... se pudesse algum dia desfrutar do teu amor altivo
arriscava-me ... mesmo que a seguir o perdesse...
E a vida faria sentido
Por tudo isto e muito mais
por esta porta entreaberta que teima em não fechar
por esta força sem motivo (não precisa de nada e tu ainda nem percebeste...)
esta força que sobrevive á distancia...
.... que se sobrepõe á distancia
(onde estás?)
por esta vontade de te magoar (?)
... que tu tens de me magoar (?)
(é injusto culparmo-nos pela realidade inocente)
Por isto e muito mais...
...perdoa-me tudo
Eu Amo-Te
Paula AbrEu
Em 14/1/2012, ao som de The Verve, Lucky Man e também de Tom Waits, All the World is Green
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Uma fabulosa guitarrada tocada por Angelo Freire, Pedro Pinhal e Rodrigo Serrão no concerto de Cuca Roseta no Cool Jazz Fest' 2011 em Cascais.
E tendo em conta que, quer queiramos quer não, todos o temos na alma e aprendemos a amá-lo ao logo das nossas vidas... deixei-me inspirar e também escrevi "qualquer coisa" á laia de fado que partilho de bom grado ;)
Hoje não falo...
Não falo por mim
E por mim também calo
Calo o que sinto
Sinto explodir
Explodir de paixão
Paixão dolorosa
Dolorosa que sabe
Sabe a doçura
Doçura de ser
Ser que não sente
Não sente o abalo
Abalo para longe
Longe da queda
Queda do alto
Alto da vertigem
Vertigem do momento
O momento era hoje
... mas hoje... não falo...
Paula AbrEu
em 10/1/2012
(talvez tenha nascido para ser apenas uma vertigem do momento... mas o tempo passa, os momentos esquecem-se... as vertigens não... então não me esqueçam... ;)
E agora sobre a revelação que é Lana Del Rey, cujo verdadeiro nome é Elizabeth Grant, nascida em 21/6/1986:
Escolhi esta interpretação de "Video Games", cantada ao vivo pela primeira vez na TV britanica. Provavelmente nunca mais a veremos tão verdadeira como temos oportunidade de a ver e ouvir aqui, com todo o natural nervosismo bem visível sem por isso deixar de nos dar tão bela melodia de uma forma tão perfeita.
Considerada "Best New Track" pela Pitchfork Ticket para o show em Londres, completamente vendido em apenas meia hora.
Ela escreveu esta letra com Justin Parker, que fala sobre relacionamentos amorosos vividos por Lana no passado, onde expressa alguma frustração por ser a única que se esforçou para que dessem certo.
Não tenho quaisquer dúvida que tem potencial para ser a grande revelação de 2012 no mundo da música.
We skipped the light fandango
turned cartwheels 'cross the floor
I was feeling kinda' seasick
the crowd called out for more
the room was humming harder
as the ceiling flew away
when we called out for another drink
the waiter brought a tray
and so it was that later
as a mirror told its tale
that her face at first just ghostly
turned a whiter shade of pale
She said: "There is no reason
and the truth is plain to see"
but I wandered through my playing cards
would not let her be
one of sixteen vestal virgins
who were leaving for the coast
and although my eyes were open
they might just as well've been closed
and so it was that later
as the miller told his tale
that her face at first just ghostly
turned a whiter shade of pale..
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Em Dezembro passado foste descansar.
No dia da despedida, (muito frio) quando tudo acabou de uma forma rápida e seca, a Isabel foi grandiosa e levantou a voz no meio de todo o silêncio de quem já ía embora (todos).
Disse umas palavras tão simples, tão espontâneas e ainda assim repletas de significado, que todos aplaudimos... foi repentino, inesperado e tão, tão bem-vindo. (obrigada Isabel, foste fantástica).
Relembro o momento em que referiu todo o pesar que sentia por não ter tido tempo para te visitar na tua nova casa (eu também não tive)... Mas que assim como ela, todos tínhamos arranjado tempo para estar ali naquele momento para nos despedirmos... e o que vale mais? Já nem sei... E que estávamos ali por teres feito a diferença nas nossas vidas...
Naquele momento pensei e repensei nas minhas prioridades e decidi instintivamente mudar.
Mas sabes, Sof?...
Ainda não consegui...
Continuo sem tempo para os amigos, para mim... sem tempo para nada a não ser "fazer algo".
Quando penso em parar, recrimino-me e quando paro mesmo, sinto culpa. (é o velho dilema do cão atrás do rabo... corre, corre e nunca o apanha ;)
O tempo culpado, não é tempo de qualidade, mas sim de ansiedade.
Estou na mesma, vês... nada mudou...
Também não mudou esta falta que me fazes...
Ás vezes sonho-te e estás sempre de branco (a cor que mais gostava de te ver embora nunca to tenha dito, como tantas outras coisas não tive tempo de te dizer...) e há luz clara por todo o lado. Não falas mas o teu sorriso diz-me tudo... diz-me que estás finalmente em Paz.
Paula AbrEu
em 3/1/2012
(escrevi(-te) ao som de Likin Park, cantando Rolling in the Deep da Adéle)
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