Não me apraz pintar paisagens
E ainda assim sou pintor
Avanço em meras passagens
Chorando um secreto amor
Não deixo de te amar! Não deixo...
E sem saber, com arte, pinto
Não em telas, o que vejo
Mas por palavras, o que sinto
Nesses encontros tão breves
Que alimentavam a espera
Do tempo que se estendia
Éramos só almas leves
Vivendo louca quimera
Esperando por esse dia
Mas o dia não chegava
Marcando este triste fado
Pelo fim tu não esperavas
Este fim anunciado
Lembro a cada instante... tudo!!
Saudosa de quem esperava
E calo este grito mudo
Pois sei que nada... nosso... acaba!!
Vivi-te tão intensamente...
Mesmo depois deste fim...
É uma luta, somente...
Um recomeço, para mim...
Procurando felicidade
Tenho o teu silêncio... e agora?
Que faço eu com a saudade?...
Que teima em não se ir embora...
Paula AbrEu
(em 10/2/2012 ao som de dEUS- Nothing Really Ends, porque penso que nada acaba na realidade, tudo gira numa dança interminável de estados de alma) Partilhar
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