Palavras Vivas
Muitas vezes me pergunto, se ao longo de uma vida, contam mais as
escolhas...
Ou se serão as renúncias ás quais vamos cedendo, que pesam
Restar-me-á sempre
a dúvida
Mas nunca culparei
ninguém pelas minhas escolhas ou renúncias,
Excepto eu própria
Excepto eu própria
E sendo assim...
Acho que agora entendo quem procura incessantemente o prazer…
Acho que agora entendo quem procura incessantemente o prazer…
Talvez seja o que nos faz esquecer o amargo e vasto leque de ressentimentos guardamos.. mesmo sem que o desejemos
Há que não esquecer também, que as mentiras contadas…
Não são só sobre “onde
foste”, “onde estás” ou “com quem”
Mas sim sobre quem
realmente somos
Antes de mais, revelo um absurdo...
É que irei sempre
querer-te de volta... mas nunca mais me ouvirás dizê-lo
Porque percebi que
na nossa história, não há lugar para finais felizes
E sendo assim… absurdamente
reforço o que não gostas
Até minto se
necessário for, e te faço detestar-me
Tu… sabes a verdade... tu sabes...
Mas afinal, venço eu na mesma… porque nos afasto…
E na vitória, me derroto ao ver-te partir
E na vitória, me derroto ao ver-te partir
No silêncio que ninguém quer ouvir, ás vezes penso:
- Só mais uma vez... e é a última… para me despedir…
Mas estas ou
outras desculpas, não evitam o inevitável
E ao renunciar…
Apenas te ofereço o princípio do fim
O melhor de tudo
Depois de momentos de entrega… sempre breves
O melhor de tudo
é que nos nossos melhores momentos
... nada mais existia
Um estado de abstracção total... de alheamento ao mundo exterior
Um enorme pequeno espaço onde de repente só cabiam os laços
(não os “nós”)
Depois de momentos de entrega… sempre breves
- “Olha-me… Abraça-me…
Ama-me…”
Afinal foram os medos que me conquistaram
É que a culpa não passa de um sopro que chega sem darmos por isso
E depois se transforma em vento forte e arrasa tudo.
E a Dor...
E a Dor...
Que antes compensava as breves horas e
Os momentos chegados tão perto da perfeição
Em que me bebias e te demoravas no meu gosto
Fazendo com que toda a angústia valesse a pena
Agora esta dor fantasma que sinto
E me faz
pensar se...
Se será de ti que
tenho saudades
Ou será de sentir
paixão...
Tinha-me esquecido
da tortura constante
Em que para mim se transformam os erros...
Em que para mim se transformam os erros...
As mentiras, a ansiedade,
a agonia da espera
E a antecipação do
sofrimento, que sentirei no inevitável fim
De modo que
Torno a perguntar-me, se ao longo do caminho, pesarão mais as escolhas... ou se serão mesmo as renúncias…
Torno a perguntar-me, se ao longo do caminho, pesarão mais as escolhas... ou se serão mesmo as renúncias…
E continua a restar-me a dúvida
Mas uma coisa é certa…
Mas uma coisa é certa…
Continuarei a não culpar ninguém, excepto eu própria
Paula AbrEu
em 17/5/2012
(ao som de Pixie Lott num Cover Kings of Leon - Use Somebody, escrevi um texto para mim e para todos os que, ao lerem, se encontem nas minhas palavras :)
Em 21/5/2012, resolvi dar-lhe o título de "Palavras Vivas", porque cada vez que o leio lhe mudo uma ou outra palavra, por pequena que seja,... O sentido mantém-se o mesmo :) Paula AbrEu
Paula AbrEu
em 17/5/2012
(ao som de Pixie Lott num Cover Kings of Leon - Use Somebody, escrevi um texto para mim e para todos os que, ao lerem, se encontem nas minhas palavras :)
Em 21/5/2012, resolvi dar-lhe o título de "Palavras Vivas", porque cada vez que o leio lhe mudo uma ou outra palavra, por pequena que seja,... O sentido mantém-se o mesmo :) Paula AbrEu
The speed of pain – Marilyn Manson
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=j27LmQWpkeA
“As nossas gargantas foram cortadas
Como se fossem flores
e o nosso leite foi devorado.
Quando desejas
Ele vai embora muito rápido.
Às vezes, quando odeias,
parece sempre durar mais tempo.
Lembra-te só que quando pensas que és livre
A ferida dentro do teu coração
Sou eu.
Quero passar esta dor lancinante para outro dia
Quero passar esta dor lancinante para outro dia
Eu gostaria de poder dormir,
Mas não consigo deitar-me de costas,
Porque há uma faca espetada
Por cada dia que te conheci.
Quando desejas
Ele vai embora muito rápido.
Às vezes, quando odeias,
parece sempre durar mais tempo.
Lembra-te só que quando pensas que és livre
A ferida dentro do teu coração
Sou eu.
Quero passar esta dor lancinante para outro dia
Quero passar esta dor lancinante para outro dia
Mente-me,
Chora-me,
Dá-me.
Eu faria isso.
Deita-te comigo,
morre comigo,
dá-me.
Eu faria isso
Mantem todos os teus segredos embrulhados em cabelos mortos sempre
Mantem todos os teus segredos embrulhados em cabelos mortos sempre
Mente-me,
Chora-me,
Dá-me.
Eu faria isso,
Deita-te comigo,
morre comigo,
dá-me
eu faria isso
Espero que possamos morrer de mãos dadas
para sempre
Espero que possamos morrer de mãos dadas
para sempre
Espero que possamos morrer de mãos dadas”
É isto. A vitória é tua. Aliás, venceste sempre. Assino a rendição.
http://marialgalhardo.blogspot.pt/
ResponderEliminarEspero que gostes
Beijos